Ubuntu MATE 22.04 LTS: Um Linux Bonito e Leve
06 Feb 2024 (updated: 25 Oct 2025 )
Como eu tinha mencionado na postagem em que eu fazia uma análise das minhas primeiras impressões do meu Lenovo Thinkpad L390, eu tinha optado por instalar o Ubuntu MATE 22.04 depois de tentar fazer o áudio do notebook funcionar no Windows, e fracassando miseravelmente em todas as tentativas.
E essa será a primeira vez desde o meu Positivo Mobo 5000 que eu terei um computador totalmente dedicado para o Linux. Sendo assim, aqui vai as minhas primeiras impressões sobre o Ubuntu MATE no meu Notebook novo.
Um Usuário do Windows usando o Ubuntu MATE
Foi em 2013 que eu abandonei o Linux para usar o Windows em definitivo. Mas não foi muito porque eu quis, mas sim pela mais pura preguiça mesmo: Eu tinha instalado o Slackware por cima do meu Debian, que eu tinha demorado um bom tempo para configurar.
E uma coisa bem curiosa, é que eu estava usando usando o MATE, em um projeto em que eu estava tentando fazer um “revival” do Dreamlinux, que era uma distro bastante bonita.

E mais de dez anos depois, estou aqui usando o MATE novamente. O MATE é uma coisa bem interessante, pois ele conserva muito do que era o Gnome 2.x, que era padrão no Ubuntu até 2010, na versão 10.10 Maverick Meerkat.
Leiautes do MATE
Mas tem uma coisa bem legal no Ubuntu MATE, que é a possibilidade de escolher qual leiaute você quer usar. O que abre bastantes possibilidades para adaptar o MATE para o usuário que está começando a usar ele.
São sete leiautes, com quatro abordagens diferentes: Inspirados no MacOS (Cupertino e Pantheon), Tradicional (Contemporary, Familiar e Traditional), Unity (Multiny) e Inspirado no Windows (Redmond).
Descrevendo os Leiautes
Agora, indo para a descrição desses leiautes e do que achei mais interessante neles. Começando pelo Contemporary.
O Contemporary é um leiaute da abordagem mais tradicional, com aquelas duas barras que são bem clássicas do MATE, mas com o Brisk Menu no lugar daqueles três menus “Aplicativos”, “Locais” e “Sistema”, que tem por padrão no MATE e uma barra de menus superior, tal como o MacOS.

Já o Cupertino, é claramente inspirado no MacOS. Ele tem a Barra de Menus, tal como o Contemporary, porém ele tem uma Doca no lugar do segundo painel. Uma coisa curiosa desse Leiaute, é que ele usa uma lançador diferente do Contemporary, que é um lançador em tela cheia, bem interessante.
E esse leiaute usa o Plank para fazer a Doca, que é uma doca bem simples, mas muito funcional fazendo o trabalho muito bem.

Já o Familiar é o meio termo entre o Traditional e o Contemporary. Ele tem o Brisk Menu, tal como o Contemporary, mas não tem a Barra de Menus como ele. E eu achei ele bem funcional.

Já o Multiny ele tem uma clara inspiração no Unity, que foi uma interface que o Ubuntu usou de 2011 a 2017. Essa era uma interface bem única, com uma proposta bem interessante principalmente para telas menores.
Eu acho que até poderia dizer, que esse leiaute lembra muito o Ubuntu atual, que apesar de usar o Gnome 4x como interface, ele mantém aquele leiaute do Unity. Também o Brisk está configurado para funcionar em tela cheia, e é algo que eu gostei bastante.

O Pantheon, ele é inspirado no Desktop de mesmo nome, que é a interface Gráfica do elementaryOS. Ele é bem parecido com o Cupertino, porém ele não tem aquela barra de menus, e o Brisk Menu dele não é em tela cheia, mas sim aquele menu bem normal.

Depois temos o Redmond, com uma clara inspiração no Windows. Para mim, é um leiaute legal para usar para alguém que está migrando do Windows, mas não fica muito legal com os indicadores configurados do jeito que deixei.

E por fim, o mais tradicional de todos os Leiautes. O que mais tem cara de Ubuntu antes do Ubuntu começar a usar o Unity como desktop padrão. Se você quer ter a nostalgia do que era o Gnome 2.x, esse leiaute é pra você;

Alguns detalhes do Ubuntu MATE
Outra coisa que eu gostei muito, foi do tema padrão do Ubuntu Mate, que é o Yaru. Ele caiu muito bem no Mate, ficando bem atraente, principalmente a versão escura do tema.
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Não sei se achei o tema escuro mais agradável por eu já estar acostumado com o Windows 11 num tema escuro ou se é por ele ser mais agradável mesmo, mas eu gostei bastante dele. Eu apenas não gostei muito do tema de ícones, então acabei trocando para um tema mais ao meu gosto.
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E para isso, escolhi o tema de ícones Tela, que achei bem mais agradável aos meus olhos. São ícones bem simples e que achei bem mais agradáveis.
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Outro detalhe, mas que não é apenas do Ubuntu MATE, mas parece ser do Linux em geral, é a acentuação. Enquanto que no Windows, o acento não aparece enquanto colocar uma letra compatível com aquele acento, no Linux, o acento aparece primeiro para depois a letra ser inserida. É um detalhe que acho legal.

E mais uma coisinha no Ubuntu MATE é como o MATE por padrão é desprovido de efeitos gráficos. Ele tem apenas os efeitos mais básicos e isso basta. E até que gosto disso, pois ao menos economiza mais CPU e Bateria.
Uma última coisa sobre o Ubuntu MATE, é que por vezes, o ponteiro do mouse se mostra um pouco errático. Não sei o que pode ser, mas é algo que eu teria que ver.
Consumo de Recursos
Quanto ao Consumo de Recursos do Ubuntu MATE, isso foi uma coisa que gostei muito. O Windows 11 consumia recursos em excesso. Apenas na inicialização ali já ia uns 3 GB só para o Sistema. Considerando que esse notebook tem 8 GB de RAM, eu acho que é muita coisa!
Já o Ubuntu MATE, consome cerca de 1 GB na inicialização. O que pra mim, é um número excelente. Mas uma coisa é que eu achei que a Swap foi bem pouca. Pretendo aumentar a Swap para uns 16 GB, para ver se consigo fazer a hibernação no sistema.

E claro que no meu uso comum do dia a dia, o consumo sobe um pouco, mas nada muito alarmante. Com algumas abas do Firefox abertas e alguns programas abertos (Caja, Aparência, MATE Terminal, Som, Telegram e Monitor do Sistema), o consumo chega a 3,5 GB.

Claro, fui tentar colocar o Notebook e o Ubuntu MATE no limite, colocando um vídeo em 8K para ser exibido. O Vídeo travou completamente, e o sistema continuou bem estável, o que é bom.

E já os vídeos em 4K tem um consumo de CPU bem mais razoável. Claro que esse notebook não é feito para ver vídeos em 4K, pois apesar da Intel UHD 620 ser capaz de lidar com vídeos em 4K, esse notebook tem uma tela que é apenas um pouco melhor que a resolução HD (1366x768).

Mas esses testes com vídeos foram bem interessantes. Quem sabe, eu possa fazer um teste de Bateria nesse notebook usando esses vídeos em 4K, pode ser bem interessante. E quanto ao desempenho, apesar de ter feito coisas mais simples nesse sistema, eu não encontrei muitos travamentos.
Conclusões dessa Primeira Impressão
E eu tinha duas escolhas de interfaces leves: O MATE ou o XFCE. Ou seja, eu tinha duas opções de distros baseadas no Ubuntu: Ou o Xubuntu ou o Ubuntu MATE. Ou qualquer variante com esses dois ambiente, como o Mint que tem as opções com o XFCE e MATE.
Acabei escolhendo o MATE mais pelas atualizações mais frequentes desse ambiente. Apenas não sei se essas atualizações mais constantes vão para o Ubuntu LTS, mas é algo que me atraiu um pouco. Isso é uma coisa que o XFCE não tem, já que as atualizações dele são mais espaçadas no tempo. E acho que fiz bem ao escolher o Ubuntu MATE.
Nessa primeira impressão eu posso falar: Eu gostei bastante do Ubuntu MATE. Admito que eu não estava prestando muita atenção nessa interface e eu estava mais nos “Peixes Grandes”, como o KDE e o Gnome, pois achava que o MATE tinha parado no tempo, mas essa distro me surpreendeu.
Não sei se é mérito do MATE ou da equipe do Ubuntu MATE, mas essa distro ficou bem bonita. É uma prova de que com um bom trabalho em fazer um bom tema, qualquer interface pode ficar bem atraente aos olhos, mesmo com um ambiente um pouco mais simples. O Yaru é um tema GTK bem agradável e que fiquei bem confortável em usar ele.
Teve coisas que eu gostei bastante, como o seletor de Leiautes, que é bem interessante e traz possibilidades para diversos usuários se adaptarem ao Ubuntu MATE. Tanto para quem vem do Windows, como para quem vem do MacOS, como para quem é nostálgico dos tempos do Ubuntu 10.10 e para os que vieram de outros ambientes como o Unity e o Pantheon.
E claro, que teve algumas pequenas coisas, como o meu fone Bluetooth não mostrar o HUD de volume quando eu aumento o volume por ele e nem as teclas de volume do notebook funcionarem para controlar o volume do Fone. Isso é uma coisa que tenho que ver se é do sistema em si ou do ambiente gráfico.
Esse é um sistema que eu quero usar e que provavelmente é nele que eu irei desenvolver a próxima versão do Kitty, mas com um foco maior em tornar os sites com esse tema mais fáceis de serem arquivados, assim fazendo deles, sites duráveis.

