Mamãe, instalei o Arch!
 09 Feb 2025 (updated: 27 Oct 2025 )
Eu já pretendia fazer um Upgrade em meu notebook, que comprei no ano passado, pois eu sabia que 8 GB de RAM e 256 GB de SSD não seriam suficientes pra mim. Mas o que eu não sabia, era que os 8 GB de RAM seriam totalmente insuficientes pra mim. Sério, o sistema ficava com alguns lags e frequentemente o uso de RAM batia os 80~90%.
E ver Lives no Youtube? Era a garantia de que o uso de RAM iria ao “infinito e além”. Quanto aos 256 GB de armazenamento eles seriam o suficiente. Se não fossem pelos mais de 100 GB de arquivos do meu OneDrive e pelos mais de 200 GB de Backup do meu computador antigo.

As peças do Upgrade
E com isso, decidi chutar o balde: Comprei 32 GB de RAM e um SSD de 2 TB. As memória RAM comprei da Crucial e o SSD, foi o NV2 da Kingston, que não é o melhor SSD, mas ele não é tão ruim assim.

E com isso, desmontei o notebook, instalei as memórias, o SSD; que foi difícil, pois quem recondicionou esse notebook colou o SSD antigo com aquelas espuminhas adesivas ao invés de buscar um parafuso. Como não tinha o parafuso e o SSD não veio com um (e é pra vir?), colei o SSD na mesma espuminha. E depois de tudo instalado, decidi instalar o Sistema Operacional.
O Sistema Operacional
Escolher o Sistema Operacional não foi difícil, afinal eu iria instalar o Linux de qualquer forma. E escolher a distribuição, também não foi difícil. Acabei optando pelo Arch Linux, que é uma distro que eu queria usar. E eu já estava usando o Crystal Linux, que é uma remasterização do Arch menos crua. Ou seja, pra mim foi totalmente natural.
Como eu queria uma instalação mais rápida, isso já seria o suficiente, optei por instalar o Arch pelo archinstall, que é um instalador um pouco mais fácil do que aquela instalação manual. E para não ficar sem computador enquanto instalava o Arch, peguei o SSD de 256 GB, coloquei ele numa Case USB…
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… e iniciei o Crystal Linux que estava instalado nele em meu notebook antigo enquanto o Arch instalava no novo SSD.

E optei pelo seguinte particionamento:
- 370 MB para o /boot
- 269 GB para o /
- 557 GB para o /home
- 1,1 TB para o OneDrive
E claro, como foi a minha primeira instalação do Arch, foram algumas tentativas até ter sucesso. Na primeira, os pacotes estavam sendo baixados bem lentamente e aparentemente do pior servidor possível para a minha localidade.
Com isso, abortei a instalação e iniciei novamente, dessa vez escolhendo os servidores do Brasil e dos EUA para baixar os pacotes.E daí a instalação empacou por três vezes no mesmo pacote. Nas duas primeiras vezes, abortei a instalação e tentei novamente. Na terceira, busquei por uma solução, e ela estava em um comando bem simples:
pacman -Sy archlinux-keyring
E isso deu muito certo! A instalação prosseguiu e quando o Arch finalmente iniciou, eu já estava com um ambiente que ainda precisa fazer algumas coisas.
Instalando os programas, Impressora e outras coisas
Ao contrário da vez anterior, decidi usar tudo em Flatpak. Inclusive o Firefox. E como eu já sabia mais ou menos a lista de aplicativos que eu iria instalar, instalei todos com um único comando:
flatpak install nl.hjdskes.gcolor3 org.gnome.gitlab.YaLTeR.VideoTrimmer org.nickvision.tubeconverter org.onlyoffice.desktopeditors org.kde.krita com.xnview.XnConvert org.bluesabre.MenuLibre com.obsproject.Studio com.simplenote.Simplenote com.valvesoftware.Steam io.mrarm.mcpelauncher org.inkscape.Inkscape org.kde.kdenlive com.mattjakeman.ExtensionManager
E instalei os seguintes aplicativos com esse comando:
- Seletor de Cores para selecionar as cores em qualquer lugar e criar paletas de cores;
- Video Trimmer para cortar vídeos bem rapidamente;
- Parabolic para baixar vídeos do Youtube usando o youtube-dlp;
- OnlyOffice para ser a minha Suíte Office;
- Krita para ser o programa de desenho que uso no Cantinho do Romeo;
- XnConvert para converter as imagens e fazer pequenas edições;
- MenuLibre para esconder itens da Dash do Gnome;
- OBS Studio para gravar a tela das Timelapses;
- Simplenote para fazer anotações;
- Steam para me divertir um pouco com alguns jogos que gosto;
- Minecraft Bedrock para jogar Minecraft com os amigos;
- Inkscape para trabalhar com arquivos vetoriais;
- Kdenlive para editar os meus vídeos;
- Extension Manager para gerenciar as extensões do Gnome.
Claro, também instalei um Ajudante de AUR, e acabei optando pelo Paru. E com o Paru, instalei os Drivers da minha Epson L3150, que uma boa alma colocou eles no AUR.
paru -S epson-inkjet-printer-escpr
Também instalei o suporte à miniatura de arquivos .webp, que é um formato de arquivo que uso muito, principalmente para o Cantinho do Romeo.
pacman -S webp-pixbuf-loader
E por fim, instalei o Sushi, que é um recurso muito útil no Nautilus, que permite uma pré-visualização rápida de vídeos, músicas, imagens e PDFs.

Houston, we have a problem
Depois foi a hora de tentar trazer o Backup do meu notebook antigo para o meu notebook atual, que estava num HD de notebook em uma daquelas Cases “SATA para USB”. Mas a cópia sempre era interrompida bem no meio e com erro quase críptico.
E com isso, quase achei que o HD estava com problemas e deixei o backup de lado por algum tempo, e como o sistema já estava instalado, desliguei o notebook antigo, despluguei o SSD com o Crystal dele, conectei no meu Thinkpad e fiz a cópia de todos os arquivos para a minha pasta pessoal.
E com isso, acabei descobrindo que eu poderia apenas pegar a pasta de configuração dos Flatpaks e transferir para a nova instalação que assim eu importaria absolutamente tudo. Foi isso que fiz e até a minha Steam, logou automaticamente.
E claro que resgatei as configurações do Firefox dessa mesma forma. Só tive que copiar todo o conteúdo do perfil antigo para o novo perfil (e que aparentemente o Firefox sempre gera um novo a cada instalação), e todos os sites que estavam logados no Crystal Linux, ficaram logados no Arch.
Até que me veio um estalo: e se eu formatar esse SSD como Btrfs, instalar o Driver Btrfs no Windows do meu notebook antigo e passar os arquivos do HD para o SSD?
Tudo bem que isso deu uma bela bagunça nas partições do Windows, fazendo o meu D: virar um H:, assim fazendo todos os arquivos ficarem desencontrados, mas ao menos o HD funcionou e sim pude passar todos os arquivos dele para o SSD.
Alguns pequenos problemas no Arch
Bom, nem tudo foram flores nisso. Eu não vi, mas acabei definindo o /boot com um tamanho minúsculo de 350 MB. Era para colocar o /boot/efi ali.
O resultado disso, é que ficou pouco espaço para as imagens do Kernel que fica nessa pasta. Isso é algo que terei que resolver.

Mas tem outro problema, até mais chato: o consumo de bateria. Esse é um problema bem chato, já que o tlp conflita com o power-profiles-daemon/tuned-ppd. E o consumo está altíssimo.

E o Gnome precisa de um desses dois para exibir o seletor de perfil de energia. Talvez, instalando o tlp possa dar um jeito nesse consumo de bateria.
Palavras Finais
Bom, nesse primeiro mês o meu uso do Arch está sendo bem estável, apesar da bateria não estar durando tanto quanto deveria. O que é uma pena, e esse é um problema que eu tenho que resolver.

Também estou conseguindo usar o meu computador ao máximo, do jeito que eu queria. E não tenho mais preocupações com o uso de RAM, quanto eu tinha quando tinha “apenas” 8 GB de RAM instalados.

